O aumento de 30% da taxa de mulheres na investigação cientifica até 2027 é uma meta da Política Nacional para a Igualdade e Equidade de Gênero, afirmou esta quarta-feira [01.03.2024], a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa.
Na intervenção, ao proceder a abertura do Fórum “Mulheres e Jovens Mulheres na Ciência em Angola”, Esperança Costa realçou o facto de a Política Nacional para Igualdade e Equidade do Gênero apontar alguns constrangimentos a combater, que são, entre outros, o fraco acesso da mulher e jovem mulher à investigação científica e a ausência do estabelecimento de metas a alcançar.
Neste sentido, a Vice-Presidente da República partilhou com alguma preocupação, dados constantes do Plano Nacional de Desenvolvimento, que apesar de alcançáveis para qualquer pessoa, são vencidos pelos constrangimentos quando postos em prática.
Esperança da Costa reconheceu o facto de em todo o mundo, as mulheres desempenharem, cada vez mais, um papel vital e decisivo no desenvolvimento social, económico e político, alcançando grande sucesso e alterando, significativamente, a percepção do papel da mulher nas mais variadas vertentes.
Reflectir sobre a mulher e a ciência implica, necessariamente, contextualizar a formação académica graduada e pós-graduada, sobretudo, o doutoramento, por ser este um grau que requer maior aplicação na busca de conhecimento mais especializado.
De acordo com o Relatório sobre Igualdade de Gênero no Ensino Superior a nível Global, publicado pela UNESCO, em Março e em Maio de 2022, actualmente as alunas superam os alunos, embora haja ainda menos mulheres em disciplinas STEM em todo o mundo, numa altura em que as universidades também estão mais focadas em medir o acesso das mulheres ao ensino superior do que em investigar sobre os seus resultados e taxas de sucesso, enquanto as mulheres permanecem sub-representadas em cargos sêniores e entre os autores académicos publicados.
