Executivo aprova Regime de Avaliação sobre o Desempenho dos Funcionários Públicos
O Conselho de Ministros aprovou, quarta-feira, em reunião orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, o novo Regime de Avaliação sobre o Desempenho dos Funcionários Públicos.
O diploma legal propõe-se promover a excelência e melhoria contínua dos serviços prestados e, essencialmente, avaliar, responsabilizar e reconhecer o mérito dos agentes públicos em função da produtividade e dos resultados obtidos. Visa igualmente assegurar a implementação de um sistema de avaliação alinhado entre o desempenho individual dos agentes públicos e os objectivos estratégicos pré-estabelecidos sectorialmente pela Administração Pública, para além da premiação de talentos como uma grande inovação que se constituirá em benefícios com impacto no prestígio profissional.
O Conselho de Ministros apreciou ainda, para envio à Assembleia Nacional, o Relatório de Execução do Orçamento Geral do Estado (OGE), referente ao II Trimestre de 2025, que destaca destaca uma estabilidade da taxa de câmbio desse período, e, em relação ao trimestre anterior, uma ligeira apreciação da moeda nacional.
Igualmente para envio ao Parlamento, o Conselho de Ministros apreciou as propostas de Lei que criam a Área de Conservação do Morro do Moco, na província do Huambo, e da Serra do Pingano, localizada na província do Uíge. A extensão das referidas áreas tem como objectivo a implementação de um sistema de conservação da diversidade biológica, que seja capaz de conduzir à estabilidade ecológica, à inclusão de novos ecossistemas na rede nacional de áreas de conservação ambiental, à resiliência às alterações climáticas, o desenvolvimento do ecoturismo e ao bem-estar das comunidades locais.
Actos de Vandalismo
O Conselho de Ministros considerou os actos protagonizados por manifestantes com potencial presença de “elementos infiltrados com intenções criminosas”. No comunicado da reunião orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, lê-se que o fenómeno ultrapassou o escopo de uma simples reivindicação e assumiu contornos de ameaça à segurança e à paz social, criando constrangimentos à mobilidade dos trabalhadores e impacto negativo na produtividade dos sectores sociais e económicos.
A nota informa que se destacam, entre os cenários críticos, a vandalização de 66 lojas, 25 viaturas, pilhagem de supermercados, armazéns de venda a grosso e a retalho, entre outros, nos municípios de Cacuaco, Viana, Belas, Cazenga, Maianga, Camama e Kilamba-Kiaxi, para além do registo de vários desacatos às autoridades em zonas como Calemba II, Golf Il e Rocha Pinto, resultando em 22 mortes, 197 feridos e 1.214 detenções.
Os protestos replicaram-se noutras províncias, tais como Huambo, Huíla, Bengo, Icolo e Bengo e Benguela, embora com menor dimensão, realça o documento, sublinhando que as medidas adoptadas pelas Forças de Defesa e Segurança foram cruciais para a reposição da ordem e tranquilidade públicas e desencorajamento de novas acções, permitindo a circulação de veículos nas principais vias afectadas.